segunda-feira, 11 de julho de 2011

Análise do Buletim Focus

A projeção dos analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia neste ano subiu de 7,09% para 7,34%, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Para 2011, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país, foi mantida em 4,5%.
Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB teve crescimento recorde de 8,9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009. Segundo o instituto, parte desse crescimento pode ser explicada porque o primeiro semestre do ano passado (base de comparação) teve uma queda recorde de 1,9%. No segundo trimestre deste ano, a economia cresceu 1,2%, em relação aos três meses anteriores. A expansão do segundo trimestre de 2010 foi de 8,8%, na comparação com o mesmo período de 2009.
O boletim Focus também traz a expectativa para o crescimento da produção industrial, que caiu de 11,47% para 11,37%, em 2010. Para o próximo ano, a previsão de expansão foi mantida em 5%. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 40,73% para 40,80%, em 2010, e permaneceu em 39,50%, em 2011. A expectativa para a cotação do dólar caiu de R$ 1,80 para R$ 1,79, ao final deste ano, e de R$ 1,85 para R$ 1,83, em 2011. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permaneceu em US$ 15 bilhões, neste ano, e passou de US$ 8,18 bilhões para US$ 8,68 bilhões, em 2011.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a projeção foi alterada de US$ 49,96 bilhões para US$ 50 bilhões, para este ano, e permaneceu em US$ 58 bilhões, para 2011. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permaneceu em US$ 30 bilhões, neste ano, e em US$ 38 bilhões, em 2011.
Preços estáveis
Analistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a inflação oficial e para a taxa básica de juros, a Selic, ao final deste ano, segundo o boletim Focus. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação, é de 5,07%, em 2010. Para 2011, a projeção foi alterada de 4,87% para 4,85%.
Para a taxa Selic foi mantida a atual projeção (de 10,75% ao ano) até o final deste ano. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC da semana passada manteve a taxa Selic em 10,75% ao ano. As explicações detalhadas para essa decisão estarão na ata que será divulgada na próxima quinta-feira. O Copom mantém a taxa quando acredita que o patamar é suficiente para gerar equilíbrio entre o que se produz, o que se compra e os preços cobrados pelos produtos e serviços.
Para 2011, os analistas mantiveram a projeção de 11,50% ao ano para a taxa Selic. O boletim Focus também traz a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) que neste ano deve ficar em 4,90%, contra os 4,99% previstos no boletim anterior. Para 2011, a projeção passou de 4,53% para 4,55%.
A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 8,49% para 8,43%, neste ano, e permaneceu em 5%, em 2011. A expectativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) neste ano passou de 8,56% para 8,71%. Para o próximo ano, permaneceu em 5,01%. A projeção dos analistas para os preços administrados foi mantida em 3,55%, em 2010, e em 4,80%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

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